Da formação à competição || como conciliar a formação com a competição desportiva

O Instituto Português do Desporto e Juventude, através do Plano Nacional de Ética no Desporto, e o Instituto Politécnico de Leiria, através da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais, em parceria com Federações Desportivas e Associações de Futebol, realiza na próxima 2ª feira, 25 de setembro, pelas 15:00h, no auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude em Leiria, o evento de apresentação pública do referencial “Da formação à competição || Como conciliar a formação com a competição”.

Nesta sessão serão apresentadas diversas propostas de modelos pedagógicos com e sem classificação, sendo que nestes o comportamento, nomeadamente dos atletas e dos pais, tem uma ponderação na classificação final aplicáveis a modalidades individuais e coletivas, casos práticos, projetos-piloto a realizar, bem como um modelo de assessment dos projetos piloto.

O trabalho a apresentar é o corolário da reflexão e discussão lançadas no seminário “Como conciliar a formação com a competição”, que se realizou em maio de 2022, na Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, em torno de questões como: pode a competição ajudar na formação desportiva? A formação e a competição são inconciliáveis? Como compatibilizar estes dois aspetos na atividade desportiva dos jovens?

O impacto mediático da competição de Alto Rendimento proporciona que, atualmente, só tenham possibilidade de lhe ter acesso um baixíssimo número de jovens praticantes com elevado potencial. Os atletas em formação sentem, assim e cada vez mais, pressão por parte dos seus familiares e outros agentes para “vencer”. Esta pressão leva, por vezes, a um comportamento violento e de má educação, em particular, por parte dos pais. Por outro lado, o facto de se dar muita ênfase à vitória desportiva, provoca a existência de um processo de deteção e seleção muito precoce de talentos o que, quando se trata de escalões de formação, pode provocar um conjunto de constrangimentos e originar o abandono prematuro da prática desportiva. Estes modelos classificativos centram-se na dimensão pedagógica do desporto, e visam “descomprimir” a pressão por parte dos pais.