Ação Cartão Branco à Vida com Ética

Ação de formação no Estabelecimento Prisional do Funchal

17/03/2023

A Direção Regional de Desporto (DRD), o Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P., através do Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED) e o Núcleo de Árbitros de Futebol da Região Autónoma da Madeira (NAFRAM), promoveram no passado dia 10 de março (sexta-feira), das 17h00 às 18h00, no Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF), uma ação de formação intitulada “Cartão Branco à Vida com Ética”.

O PNED tem como missão procurar semear valores e comportamentos éticos, através de estruturas diretas ou indiretas ao desporto, desde clubes, federações, associações, escolas, autarquias, comunicação social e prisões, tendo como público-alvo: crianças, atletas, dirigentes, treinadores e árbitros, entre outros.

A referida ação contou com a presença do Coordenador do PNED, Carlos Lima, e do ex-árbitro de futebol de categoria internacional, embaixador do PNED e membro do Conselho Nacional do Desporto, Duarte Gomes.

Em representação das entidades oficiais marcaram presença na ação formativa Catarina Barros, Chefe de Divisão de Projetos, Formação e Promoção da DRD, Armando Pereira, Diretor Adjunto do EPF e Pedro Viveiros, Presidente na NAFRAM.

O Coordenador do PNED efetuou o enquadramento do que é a ética desportiva, bem como apresentou os diferentes valores promovidos pelo desporto. No decorrer da sua intervenção deu ainda a conhecer instrumentos que são utilizados para promover as atitudes éticas, como é o caso da aplicação do cartão branco pelos árbitros, que pode ser mostrado a atletas, treinadores, dirigentes, público e a todos os que tenham atitudes ética louváveis. Por fim, enalteceu a participação do EPF no concurso literário “Ética no Desporto e na Vida”, tendo sido inclusivamente destacado a atribuição do 1.º prémio nacional da edição anterior.

Por sua vez, Duarte Gomes, relatou várias experiências vividas por si enquanto árbitro profissional, principalmente fora de campo, dando a conhecer uma parte muitas vezes desconhecida do público em geral. Falou da falta de liberdade a que era obrigado após arbitrar grandes jogos, tendo que modificar toda a sua rotina diária e de como afetava a sua vida pessoal e familiar. Fez ainda analogia entre o facto dos reclusos ali presentes terem errado e por isso estarem privados da liberdade e que os árbitros são muitas vezes apontados pelos erros que cometem e todas as consequências que daí advém, mas  frisou que o erro faz parte da condição humana e tal como ele errou e continuará a errar, nada obsta a que se aprenda com os erros e possamos ultrapassar e melhorarmos, pois, como afirmou todos sabemos o nosso ponto de partida, o nascimento, mas ninguém sabe quando será o ponto final.  O que importa é o que fazemos no meio e por isso há que aproveitar para fazê-lo bem.

No final os reclusos tiveram oportunidade de colocar dúvidas aos preletores, numa discussão profícua entre ambas as partes, e o EPF foi desafiado pelo Coordenador do PNED a aplicar a utilização do cartão branco nos jogos a disputar internamente, como forma de incentivar e destacar as boas atitudes.

Atualizado em: 17/03/2023

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